quinta-feira, 18 de abril de 2024

Comissão da CNBB divulga manifesto diante aos fatos relacionados ao tráfico de pessoas no Pará e Rio Grande do Sul


Nesta semana os veículos de comunicação brasileiro anunciaram fatos relacionados ao crime de tráfico de pessoas que chocaram a sociedade. Corpos em decomposição foram encontrados em uma embarcação à deriva no estado do Pará e trabalhadores recebiam pedras de crack como forma de pagamento no estado do Rio Grande do Sul. Os fatos envolvem migração forçada e situação de trabalho escravo contemporâneo. A Comissão Episcopal Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CEETH-CNBB), divulgou um manifesto exigindo celeridade nas investigações das denúncias e punição aos responsáveis pelos crimes.

A nota destaca as denúncias que revelam sinais de violações aos direitos humanos e a preocupação diante ao número crescente da migração forçada em todo o mundo. “Basta de escravidão! Não podemos mais aceitar a perpetuação desse crime terrível, que afeta várias pessoas: crianças, mulheres, trabalhadores…, muitas pessoas exploradas; todas vivem em condições desumanas e sofrem a indiferença e o descarte da sociedade”. Diz um trecho da nota.

Referente aos fatos denunciados pela imprensa estão em processo de investigação. Os corpos encontrados cerca de 215 quilômetros de Belém (PA), na região de Bragança, a Marinha informa que a embarcação não aparenta danos e ainda passa por perícia. A Polícia Federal informou que os documentos encontrados indicam que as vítimas têm origem da África. Os homens resgatados da situação de trabalho escravo em Taquara, região Metropolitana de Porto Alegre/RS, um suspeito foi preso por recrutar os trabalhadores e os trabalhadores encaminhados para os serviços de apoio.

Brasília, 17 de abril de 2024.

“Uma destas feridas abertas mais dolorosas é o tráfico de seres humanos, uma forma moderna de escravidão, que viola a dignidade, dom de Deus, em tantos dos nossos irmãos e irmãs.” Papa Francisco

A Comissão Episcopal Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CEETH-CNBB), que vive o ano da Fraternidade e Amizade Social não pode se calar diante das vidas violentadas e ceifadas pela ambição, descaso e banalidade. Diante dos crimes, divulgados amplamente pela mídia e temendo outras situações, nos manifestamos.

No dia 13/04, nove corpos em decomposição foram encontrados em uma embarcação à deriva na região de Bragança, no Pará. Para a polícia, a causa das mortes foi falta de alimento e água. Documentos encontrados pela Polícia Federal apontam que as vítimas são migrantes da África, da região da Mauritânia e Malli. As autoridades deduzem que ao menos 25 pessoas estavam no barco.

No último dia 16, em Taquara, região Metropolitana de Porto Alegre/RS, vários veículos oficiais de comunicação do país, noticiaram a descoberta de uma pedreira clandestina em que trabalhadores recebiam pedras de crack como forma de pagamento. Três trabalhadores foram localizados em alojamentos improvisados e resgatados. Seis pessoas foram presas responsáveis pelo recrutamento dos homens.

Causa-nos preocupação e indignação as situações relatadas. A denúncia e o enfrentamento dessas situações que tiram a dignidade das pessoas precisam ser fortalecidos em todos os espaços e na sociedade de modo geral. Basta de escravidão! Não podemos mais aceitar a perpetuação desse crime terrível, que afeta várias pessoas: crianças, mulheres, trabalhadores…, muitas pessoas exploradas; todas vivem em condições desumanas e sofrem a indiferença e o descarte da sociedade. Nós da Comissão Episcopal Especial para o Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, seguimos nos comprometendo contra estas práticas criminosas e exigimos séria e rápida investigação e punição dos responsáveis pelos crimes.

As denúncias revelam os sinais visíveis da violência, descaso e banalidade com os seres humanos. A migração forçada, o trabalho escravo, e outras formas de modalidade de aliciamento para o tráfico de pessoas, violam e tratam mulheres, homens e crianças como se fossem mercadorias. Indivíduos e empresas lucram com a exploração de seres humanos, roubando sua dignidade e sua liberdade, as desumanizando.

Nossa solidariedade e oração às famílias das vítimas. Acalento e esperança às vítimas do trabalho escravo.

Nossa força vem do Senhor Ressuscitado que ilumina o caminho como peregrinos da esperança.


Dom Adilson Pedro Busin
Presidente
Comissão Episcopal Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano

sábado, 13 de abril de 2024

Rede deu início ao Curso de Comunicação Não-violenta

Na noite de 11 de abril, a Rede Um Grito Pela Vida promoveu o primeiro encontro de uma série dedicada à formação em Comunicação Não-Violenta (CNV). O curso é fruto de parceria da Rede Um Grito Pela Vida com o Instituto CNV Brasil.

Mais de 50 membros de diversos núcleos se reuniram para conhecer e se apropriar dessa essa abordagem poderosa de comunicação, visando construir conexões mais profundas e empáticas, especialmente no trato com as vítimas do tráfico de pessoas. A iniciativa reflete o compromisso da Rede em promover mais formação para a qualificação da missão.








Rede promoveu formação sobre elaboração de projetos

Qualificando as estratégias para a missão contra o tráfico de pessoas, a coordenação nacional da Rede Um Grito Pela Vida promoveu uma noite de formação online dedicada à elaboração de projetos.

Com a assessoria da professora Lucineide Rodrigues, da Capta Consultoria, os participantes foram conheceram mais sobre as etapas estratégicas da formulação de projetos robustos, essenciais para a captação de recursos que sustentam as ações de prevenção e enfrentamento ao tráfico humano nas diversas realidades da missão.

A atividade de formação não apenas capacitou os participantes com conhecimentos práticos e ferramentas essenciais, mas também se alinhou perfeitamente com a prioridade 5 da Rede Um Grito Pela Vida: a sustentabilidade humana e financeira.

Pensar na sustentabilidade e a capacitação dos/as membros fortalece a luta pela defesa e promoção da vida.






segunda-feira, 8 de abril de 2024

O tráfico de pessoas na declaração “Dignitas infinita”


O Vaticano publicou nesta segunda-feira, dia 08 de abril, o documento do Dicastério para a Doutrina da Fé, o “Dignitas infinita”, que destaca orientações a partir do magistério papal da última década. Entre os temas abordados está: da guerra à pobreza, da violência contra os migrantes àquela contra as mulheres, do aborto à maternidade sub-rogada e à eutanásia, da teoria do gênero à violência digital.

O Tráfico de Pessoas, missão da Rede Um Grito Pela Vida, também é destacado no documento. O tema é abordado em dois pontos e definido como grave violação dos direitos humanos. 

Confira:

O tráfico de pessoas

41. O tráfico de pessoas humanas deve também ser contado como violação grave da dignidade humana. Não constitui uma novidade, mas o seu desenvolvimento assume dimensões trágicas que estão sob os olhos de todos, razão pela qual Papa Francisco a denunciou em termos particularmente fortes: «reafirmo que o “tráfico de pessoas” é uma atividade indigna, uma vergonha para as nossas sociedades que se dizem civilizadas! Exploradores e clientes em todos os níveis deveriam fazer um sério exame de consciência diante de si mesmos e diante de Deus! A Igreja renova hoje o seu forte apelo para que sejam sempre tuteladas a dignidade e a centralidade de cada pessoa, no respeito dos direitos fundamentais, como a sua Doutrina social evidencia, direitos que ela pede que sejam estendidos realmente lá onde não são reconhecidos a milhões de homens e mulheres em todos os continentes. Num mundo em que se fala tanto de direitos, parece estranho que o único a os ter seja o dinheiro».

42. Por tais motivos, a Igreja e a humanidade não devem renunciar a lutar contra fenômenos como «comércio de órgãos e tecidos humanos, exploração sexual de crianças, trabalho escravizado, incluída a prostituição, tráfico de drogas e de armas, terrorismo e crime internacional organizado. É tão grande a dimensão dessas situações e o número de vidas inocentes envolvidas, que devemos evitar qualquer tentação de cair em um nominalismo declamatório com efeito tranquilizante sobre as consciências. Devemos cuidar para que as nossas instituições sejam realmente eficazes na luta contra todos esses flagelos».[78] Diante de formas tão diversas e brutais de negação da dignidade humana, é necessário ser sempre mais conscientes que «o tráfico de pessoas é um crime contra a humanidade»,[79] que nega substancialmente a dignidade humana de dois modos pelo menos: «o tráfico [de pessoas] deturpa a humanidade da vítima, ofendendo a sua liberdade e dignidade, mas, ao mesmo tempo, desumaniza quem o pratica».

Nova Coordenação no Núcleo Porto Alegre/RS da Rede Um Grito Pela Vida


Mudanças no Núcleo de Porto Alegre da Rede Um Grito Pela Vida. Em reunião no dia 05 de abril, Irmã Maria Bernardete Macarini - ICM, foi eleita coordenadora enquanto a Irmã Glenda Sábio - IFPCC, reeleita como secretária.

O encontro também motivou o estudo através do caderno “Nas trilhas do enfrentamento ao tráfico de pessoas”, da CNBB, e a revisão do planejamento de atividades para o ano e as ações de prevenção e enfrentamento ao tráfico de pessoas.

Na foto, da esquerda pra direita: Irmã Angélica de Oliveira, icm, Irmã Maria Helena Lorscheiter, sdp, Irmã Maria Bernardete Macarini, icm e a Irmã Glenda Sábio – IFPCC.


terça-feira, 2 de abril de 2024

Apelo do Papa: rezar e agir pela dignidade das mulheres

Neste mês de abril, o Papa Francisco pede para se reze pelo papel das mulheres.

O pontífice mostra sua preocupação ao afirmar que muitas mulheres são tratadas como “material de descarte”.

Afirma o Santo Padre: “Não neguemos a voz a todas essas mulheres vítimas de abuso. São exploradas, são marginalizadas (...) respeitemo-las em sua dignidade, em seus direitos fundamentais. E se não o fizermos, nossa sociedade não avançará.” 

Participar da luta contra o tráfico de pessoas, especialmente de meninas e mulheres, é uma resposta que todas e todos podemos dar ao apelo de Francisco. Vamos juntas/os nessa caminhada?

Acompanhemos o Santo padre na oração e na ação pela Vida das Mulheres! Assista ao vídeo.

Roteiro Orante de Abril - Pela Vida dos Povos Originários


A realidade dos povos originários motiva nossa reflexão e ação neste mês de abril. A rede Um grito Pela Vida publica o Roteiro Orante deste mês com o tema: “a vida dos povos originários clama!”.


 Reze com o seu núcleo, comunidade e família.



Reunião da Região Amazônia


Na segunda-feira, 1º de abril, a Rede Um Grito Pela Vida - Região Amazônica realizou sua primeira reunião online de 2024. 

O encontro foi marcado por um clima de partilha e aprendizado, onde os participantes discutiram suas experiências, receberam informações da Rede Nacional e participaram de formações sobre Elaboração de Projetos e Comunicação Não Violenta. 

Essa iniciativa reflete o compromisso contínuo da rede em acompanhar e animar os núcleos da região na luta de prevenção e enfrentamento ao tráfico de pessoas no norte brasileiro.

domingo, 31 de março de 2024

Feliz Páscoa!

Nesta Páscoa, lembremos que a vida triunfa sobre a morte e que em Jesus encontramos toda a libertação para uma vida plena.

Que nesta Festa da Vida, tempo de esperançar, nos inspire a continuar lutando por um mundo onde a vida seja valorizada e protegida, livre de todas as formas de tráfico humano.

Feliz Páscoa!


Com carinho,
Coordenação da Rede Um Grito Pela Vida

terça-feira, 26 de março de 2024

Núcleo de Curitiba promoveu encontro


No dia 19 de março, ocorreu o encontro mensal do Núcleo de Curitiba da Rede Um Grito Pela Vida. Uma das principais alegrias da noite foi a inclusão de novos membros no grupo, fortalecendo ainda mais a missão da Rede.

A atividade foi conduzida com dinamismo pela Irmã Marfizia Marcelino, sdp. Contamos também com a presença e participação ativa da Irmã Isabel Do Rocio Kuss, coordenadora nacional da Rede Um Grito Pela Vida, que acolheu e encorajou os participantes em sua missão de defesa e promoção da vida, bem como no enfrentamento ao tráfico humano.

"A Irmã Isabel trouxe à memória a história da Rede Um Grito Pela Vida, contextualizando sua origem e sua relevância. Foi uma noite enriquecedora, fortalecendo nossa fé e o compromisso com a missão, reforçando a importância da participação ativa do grupo como núcleo. Expressamos nossa gratidão a todos que se dedicaram a contribuir e somar forças com a missão da RUGPV", enfatizou Irmã Marfiza.

Além disso, durante o encontro online, foram iniciados os preparativos para a Campanha Faça Bonito, que ocorrerá em 18 de maio, dedicada ao combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

quinta-feira, 21 de março de 2024

Núcleo de João Pessoa promoveu dia de formação

No domingo, 17 de março, o Núcleo de João Pessoa da Rede um Grito pela Vida, se reuniu no Colégio da Irmãs Lourdinas para um dia de formação. O encontro contou com a 22 participantes, entre leigos, leigas, religiosas e membros novatos e veteranos. 

O objetivo foi o de apresentar aspectos da Rede Um Grito Pela Vida, apresentando aos participantes a importância da nossa missão e as ações propostas diante dessa causa urgente no mundo atual.

O objetivo fui comprido e o dia foi muito proveitoso. O grupo ficou muito atento e disposto a ser Rede e agir de forma concreta na defesa da vida.

“Para mim, foi uma experiência gratificante, pois senti no grupo um compromisso com a vida nos diversos espaços onde cada um e cada uma já atua”, destaca Irmã Sirleide C. De Oliveira, integrante da Coordenação Nacional da Rede Um Grito Pela Vida e assessora do encontro.

Uma alegria nesse encontro foi a participação de quatro pessoas, oriundas da Diocese de Guarabira, que estão dispostos a iniciar a missão da Rede Um grito Pela Vida naquela circunscrição eclesiástica.



sábado, 16 de março de 2024

Comissão de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas se reúne com representantes do Ministério da Justiça



Por Cláudia Pereira | CEETH 


Primeiro encontro presencial do ano, integrantes da comissão - da qual a Rede Um Grito Pela Vida faz parte - se reuniram para articular caminhos e ações diante os desafios do tráfico de pessoas na missão da igreja. A reunião pautou avaliações, planejamento e incidência política nos dias 11 e 12 de março na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, Brasília (DF). No campo da incidência política, a Comissão Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEETH) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dialogou com a Secretaria Nacional de Justiça (SENAJUS), reivindicações para o enfrentamento ao tráfico de pessoas no Brasil. 



Na tarde do dia (11) a CEETH apresentou reivindicações pertinentes ao Ministério de Justiça e Segurança Pública (MJSP). Participaram do momento de escuta Marina Bernardes, Coordenadora-Geral do Enfrentamento ao Tráfico Pessoas e Contrabando de Migrantes, Paulo Illes, Coordenador da Política Migratória e Luana Medeiros, Coordenadora-Geral do Comitê Nacional para os Refugiados. A comissão apresentou as reivindicações propondo o resgate dos compromissos de enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Após o país viver um período de retrocesso nas políticas de enfrentamento ao crime e diante ao novo governo, a comissão tem construído diálogo com as pastas que secretariam a pauta. Em 2023 a CEETH dialogou com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, reforçando a manutenção do plano para o enfrentamento ao tráfico de pessoas e cobrando atenção para as ações de prevenção.  



No Ministério da Justiça os integrantes da comissão elencaram sete pontos importantes para o fortalecimento de mecanismos para proteção às vítimas e combate ao Tráfico de Pessoas. Destacaram a prioridade do Plano Nacional para Enfrentamento de Tráfico de Pessoas, Trabalho Escravo e o Plano Nacional de Prevenção ao Contrabando de Migrantes. Os integrantes cobraram atenção para o tema da proteção de brasileiros no exterior, que são vítimas do tráfico e exploração que dependem de um maior comprometimento do Ministério das Relações Exteriores e solicitaram atenção e celeridade nos processos da pauta sobre a população afegã que busca refúgio no Brasil. 




Os coordenadores ressaltaram que um dos objetivos da Secretaria Nacional de Justiça é integrar as pautas de referência ao Enfrentamento ao Tráfico Pessoas, Refugiados e Política Migratória em um único departamento, em razão da conexão dos temas e a melhoria de recursos, uma vez que o governo federal não dispõe de verbas suficiente   e precisa articular as melhorias e governança entre as federações. “Todos os pontos que vocês apresentaram aqui, já estão pautados no planejamento e nos encaminhamentos previstos para este ano”. Disse Marina Bernardes ao acolher as propostas da comissão. 


Em referência ao 4º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, a Coordenadora-Geral afirmou que alguns processos preparatórios já foram realizados e está previsto diálogos para atribuir responsabilidades aos órgãos do executivo, que precisam de mais engajamento na pauta e priorizar a participação e colaboração da sociedade civil. Entre as diretrizes do plano a regionalização no enfrentamento é prioridade para que as ferramentas tenham força nos estados e municípios. A expectativa é que seja lançado este ano o plano nacional de enfrentamento à Prevenção ao Contrabando de Migrantes e a formação do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (CONATRAP). 


“São instrumentos que estamos construindo e será um norteador para responsabilizar e pressionar. Tudo que a comissão trouxe está contemplado nos planos e ações para trabalhar em rede”. Ressaltou Marina. 



Paulo Illes, Coordenador da Política Migratória, colocou que as pautas sobre migrantes e refugiados é prioridade e no momento o empenho está na realização da 2ª Conferência Nacional de Migração, Refúgio e Apatridia (COMIGRAR), que será realizada de 07 a 09 de junho em Foz do Iguaçu (PR). Ele agradeceu o apoio e a participação da igreja católica para realização das conferências livres e os encaminhamentos nos estados e municípios. 


A irmã Eurides de Oliveira, integrante da comissão, considera um avanço na integração das pautas no mesmo setor, mas frisou que outras áreas precisam entrar na conjunção e propôs evidenciar as pautas sobre as violações dos direitos das crianças/adolescentes, mulheres e a comunidade LGBTQIA+. 


A coordenação geral da Secretaria Nacional de Justiça deixou aberto o diálogo com a comissão, sobretudo no processo de colaboração para construção de ferramentas de enfrentamento e a CEETH irá monitorar os pontos apresentados e poderá contribuir para evidenciar os planos quando forem lançados. 


“A presença da comissão no Ministério é sempre importante, mas precisamos ficar atentos e monitorar esses processos apresentados pela SENAJUS”. Reforçou Dom Plínio. 


Propostas Apresentadas a Secretaria Nacional de Justiça (SENAJUS) do Ministério de Justiça e Segurança Pública (MJSP)


1.Revisar com ampla participação da Sociedade o atual Plano, elaborar e implementar o 4º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. 

                   

2.Garantir orçamento para as diversas políticas públicas de enfrentamento do Tráfico de Pessoas, com ênfase nas seguintes situações: exploração sexual de crianças, adolescentes e mulheres, trabalho infantil, trabalho escravo doméstico.;

  

3.Reassumir a governança intersetorial da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas com a participação dos diversos ministérios e secretarias, se possível com gerenciamento compartilhado do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e Ministério da Justiça e Segurança Pública.


4.Possibilitar a criação e fortalecimento dos Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas nos estados e municípios, a criação das Comissões Estaduais de Enfrentamento ao Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas e os postos avançados de atendimento aos migrantes, refugiados e vítimas nos aeroportos, portos e rodoviárias do país.      

             

5.Subsidiar a realização de processos, campanhas permanentes e ações de enfrentamento ao Tráfico de Pessoas nas três linhas previstas da política nacional: prevenção, assistência e responsabilização.

 

6.Garantir a participação paritária do governo e a sociedade civil nos espaços de planejamento, monitoramento e gestão dos processos do Comitê Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e nos debates da temática sobre Contrabando de Migrantes.


7.Elaborar o 1º Plano Nacional de prevenção ao Contrabando de Migrantes, em uma perspectiva de direitos humanos e de proteção aos migrantes e às organizações da sociedade civil que apoiam essa população. 



Avaliação e planejamento 


Dom Adilson Pedro Busin, bispo da Diocese de Tubarão (SC), abriu o encontro saudando dois novos integrantes Dom Plínio José Luz da silva, bispo Diocesano de Picos (PI) e a Irmã Isabel do Rocio, da Rede Um Grito Pela Vida, parceira da comissão. Dom Adilson lembrou do processo de caminhada da comissão, que possui quase uma década de caminhada e que cada encontro é a reafirmação do compromisso como a igreja em defesa da vida. 


“Fraternidade e tráfico humano. Como desafio de refazer e ressignificar a fraternidade para as pessoas vítimas do tráfico humano. E Deus que pergunta aos que cometem este crime ‘onde está o teu irmão? Como Deus perguntou a Caim?”. Disse Dom Adilson, para reflexão. 


A comissão avaliou as atividades realizadas nos regionais em 2023 e as ações do Dia Mundial de Oração e Reflexão ao Tráfico de Pessoas no dia 08 de fevereiro, dia de Santa Bakhita. As atividades de formação foram realizadas nos regionais com destaques para os regionais Nordeste 1, Nordeste 3, Nordeste 4, Sul 4, Sul 1, Norte 1, Norte 2, Norte 3 e Oeste 2 que contribuíram para evidenciar a pauta do Tráfico de Pessoas possibilitando mobilizações locais. As ações do dia Santa Bakhita mobilizaram dioceses, comunidades e paróquias que realizaram momentos de oração e reflexão e os veículos de comunicação rádios e TVs abriram espaço para divulgar e falar sobre a temática. A comissão avalia positivamente estas ações e pretende fortalecer as atividades e ações para o ano de 2024. 


No campo do Enfrentamento ao Trabalho Escravo, com a parceria da Campanha para Enfrentamento ao Trabalho Escravo da Comissão da Pastoral da Terra (CPT), a comissão aponta o reconhecimento que a Campanha recebeu em 2023 com premiações importantes, ressalta a relevância das mobilizações sobretudo as atividades realizadas em espaços públicos e seminários com participações expressivas. Outro ponto positivo é a parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) que junto a CPT – PA realizou a oficina da Clínica de Combate ao Trabalho Escravo, do qual foi assinado um termo de compromisso para encaminhar pessoas vítimas da escravização moderna com objetivo em propor assistência de forma gratuita. 



A Rede Um Grito Pela Vida, ressaltou a mobilização com capacitações e propostas para realização de incidências políticas locais, em especial a região norte do país. Os desafios para contribuir com a rede de multiplicadores. 


A comissão aproveitou a oportunidade do encontro para alinhar estratégias de articulações, formação de multiplicadores, comunicação e a realização da missão que está prevista para o mês de junho no estado de Roraima. Dom Evaristo Spengler, bispo de Roraima e integrante da comissão CEETH, apresentou o contexto atual sobre o tráfico de pessoas e a situação de migrantes e refugiados e como a igreja vem acolhendo esta temática no estado de Roraima.  “São situações que precisamos olhar de perto e propor para a sociedade e representantes do Estado mais atenção para estas questões do tráfico de pessoas nesta região”.  Frisou Dom Evaristo. 


“A nossa comissão tem pautas constantes e requer um empenho ainda maior diante ao trabalho que temos. Fortalecer as articulações e a incidência política é fundamental”. Disse Francisco Alan, da Campanha Contra o Trabalho Escravo da CPT e integra a Comissão.  Fotos: Claudia Pereira


Núcleo de Fortaleza presente na Conferência Estadual de Migração


O Núcleo de Fortaleza da Rede Um grito pela vida participou da 1ª  Conferência Estadual de Migração, Refúgio e Apátrida do Ceará, que aconteceu em preparação a II Conferência  Nacional que será em junho, em Foz do Iguaçu (PR).

A conferência contou com representação de várias organizações: Poder Público, sociedade civil e migrantes de vários países que se encontram no Estado. 

“Foi muito enriquecedor a participação de todos os conferencistas na elaboração de propostas para uma política de atendimento aos migrantes.”, afirmou Irmã Elizabeth Quixabeira, da RGPV de Fortaleza.

A participação em eventos como essa conferência, reforça o compromisso da Rede Um Grito Pela Vida em marcar presença em todos os espaços de construção do debate e das políticas públicas que perpassem a luta contra o tráfico de pessoas.






segunda-feira, 11 de março de 2024

Núcleo de Natal (RN) é reativado


No sábado, 9 de março, a Conferência dos Religiosos do Brasil no Rio Grande do Norte, CRB Natal, realizou uma reunião para discutir a missão da Rede Um Grito pela Vida. A irmã Sirelide C. de Oliveira, religiosa franciscana de Dillingen e membro da coordenação Nacional da Rede, assessorou o encontro.

O objetivo da atividade foi reorganizar o núcleo da Rede Um Grito pela Vida em Natal. Participaram do encontro 28 religiosas(os) e um leigo. Durante a reunião, foi enfatizada a relevante missão da Rede Um Grito pela Vida no combate ao tráfico de pessoas, ressaltando também a importância de ampliar as redes que trabalham nessa causa.

A formação resultou em ações concretas: o núcleo potiguar será reativado. Os participantes comprometeram-se em dinamizar o núcleo na região, liderado por cinco membros, com a expectativa da chegada de mais um. No total, cinco religiosos(as) e um leigo assumiram generosamente essa responsabilidade.

Irmã Sirleide ressaltou: “O objetivo foi alcançado e um grupo comprometido com a vida reafirma seu SIM, agora oficialmente, como Núcleo da Rede Um Grito pela Vida.".








domingo, 10 de março de 2024

Presença na luta das mulheres


A Rede Um Grito pela Vida, Núcleo de Fortaleza (CE) participou da jornada em comemoração ao 08 de março, Dia Internacional da Mulher. O evento contou com várias atividades organizada pelos organismos da sociedade civil e do governo, com o apoio da Prefeitura de Fortaleza.

A atividade marcou a luta das mulheres por igualdade, direitos, políticas públicas, respeito... mais também foi de repúdio contra a violência, feminicídio que afeta as mulheres cearenses. 

O grito deste dia foi também em solidariedade a todas as mulheres e crianças mortas na guerra da Palestina, Ucrânia e no mundo: "Mulheres vivas, do Brasil à Palestina".

Concluiu-se a jornada com a caminhada pelas ruas do centro da cidade de Fortaleza, pedindo pelo fim da violência contra as mulheres.




domingo, 3 de março de 2024

Maceió

 

Um registro do encontro mensal do Núcleo de Maceió da Rede Um Grito Pela Vida. Motivados pelo último encontro formativo da Rede, a equipe planejou as ações de prevenção e enfrentamento ao tráfico de pessoas.

Piauí: Um minutos de Paz no mundo

Em adesão ao Movimento Mundial de Paz no mundo e, nesse momento, pelo povo na Palestina, o núcleo de Teresina participa da ação. O minuto de silêncio, na verdade, é uma prece profunda diante do horror que a guerra produz e um apelo à paz. Assista!


Intervenção social da Rede em Salvador


Tráfico de Pessoas e suas múltiplas formas em debate - No dia 24 de fevereiro as Integrantes da Rede Um Grito Pela Vida Márcia Rodrigues e Vânia Santos, que também são Educadoras Populares do Nordeste, estiveram no Colégio Estadual de Tempo Integral José Dias de Sales, na cidade de Salvador (BA), para uma atividade de intervenção social no encontro Família -Escola.

Participaram do mesmo encontro a também Educadora Social Rose Fonseca, a Juíza Viviane Martins do TRT 5 e Integrante do FETIPA - Fórum Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente da Bahia, uma representante do Conselho Tutelar, representante do Atendimento Educacional Especializado - AEE, representantes da Escola e da comunidade.

A parceria com este Colégio continuará durante todo o ano letivo, trabalhando na formação e prevenção das mazelas sociais que atingem tanto as/aos Adolescentes como a nossa Juventude.

sexta-feira, 1 de março de 2024

Roteiro orante: O Clamor pela Vida das Mulheres

Renovar o compromisso com a espiritualidade para fortalecer a luta.  

Neste contexto, a Rede Um Grito Pela Vida reafirma seu compromisso espiritual através da retomada dos Roteiros Orantes, subsídio que aborda questões essenciais à missão da Rede. Fundamentados na Palavra de Deus, na oração e na reflexão individual e coletiva, esses roteiros se apresentam como uma fonte de orientação e inspiração.

O primeiro roteiro do ano de 2024 concentra-se no tema da Mulher. Desenvolvido pela Região Sul da Rede Um Grito Pela Vida (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), este material indaga: "Qual é o clamor pela vida que emana das mulheres?".

O arquivo já está disponível para download. Para baixar, clique aqui


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Mobilização em Porto Velho (RO)


08 de fevereiro é o Dia Mundial de Oração e Reflexão Contra o Tráfico de Pessoas e a Memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita. Em 2024, o tema de reflexão é: “Caminhar com dignidade: Escutar, Sonhar, Agir”.

Neste dia, o Núcleo de Porto Velho se reuniu para celebrar e refletir sobre a realidade do tráfico de pessoas e tudo o que está ligado a esse projeto de injustiça e anti-reino.

O nosso encontro de mulheres e jovens, de várias faixas etárias, e representantes de quatro paróquias e quatro congregações (Irmãs de Jesus Crucificado, Combonianas, Franciscanas do S.C. de Jesus e Irmãzinhas de Madre Paulina) reservamos nosso tempo para juntas orar, refletir e reafirmar o nosso compromisso com a vida e com a causa dos mais vulneráveis.

Foi um momento singelo, mas carregado de sentido e compromisso com a vida.